as cenas da reportagem a seguir não foram gravadas na Líbia, ou em qualquer outro país árabe. Não são cenas das recentes guerras que tivemos a oportunidade de ver pelos grandes canais de televisão...
Essas cenas aconteceram na semana passada, dia 18/05/2011, na cidade de Aracruz/ES. Essas cenas de guerra mostram o exército dos donos do Brasil contra o seu principal inimigo: o povo brasileiro que quer viver!
A seguir reproduzo o texto que acompanha o vídeo no YouTube (para ver no site do YouTube, clique aqui) e abaixo veja o vídeo.
Foto: Nestor Müller |
Cerca de 400 policiais do Batalhão de Missões Especiais (BME) da Polícia Militar realizam uma operação, na manhã desta quarta-feira (18), para retirar os cerca de 1,6 mil ocupantes de uma área da Prefeitura de Aracruz, no Norte do Espírito Santo. A ação ocorre no distrito de Barra do Riacho.
Segundo alguns moradores, a polícia usou de violência ao fazer a desocupação, disparando contra os ocupantes bombas de efeito moral, balas de borracha e gás lacrimogêneo. Alguns moradores passaram mal, outros ficaram feridos e tiveram de ser socorridos. Eles garantem que não haviam oferecido resistência à ação policial.
O Executivo Municipal já iniciou também a demolição das 312 casas de alvenaria, de cerca de 30 a 40 metros quadrados cada, que foram construídas no local pelos ocupantes. A área, que chegou a ser batizada pelos moradores como bairro Nova Esperança, será utilizada para a construção de 200 casas do Programa Minha Casa Minha Vida. As obras, segundo a prefeitura, devem ter início ainda este ano.
Por volta das 16 horas desta terça-feira (17), viaturas policiais cercavam a área e o clima era de tensão entre os moradores. A prefeitura havia conseguido um mandado judicial de reintegração de posse da área pública há cerca de seis meses. No entanto, os moradores alegam que não haviam recebido nenhuma ação de despejo e nunca foram procurados pela administração municipal para negociar.
Eles afirmam que, como a construção das casas do Programa Minha Casa Minha Vida ainda não havia tido início no local, resolveram ocupar o terreno, há cerca de um ano. Os ocupantes não aceitavam deixar o local. Segundo eles, com a aproximação da polícia, era disparado um alarme sonoro e pessoas soltavam fogos de artifício para alertar e mobilizar toda a população local. Além disso, foram feitas barricadas nos acessos.
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