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segunda-feira, 30 de maio de 2011

Quando a língua se transforma em objeto de manipulação ideológica e controle social

Do site do Instituto Humanista Unisinos - IHU



Marcos Bagno, doutor em filologia e língua portuguesa, acredita que a discussão sobre as variações linguísticas dos livros do MEC refletem a falta de conhecimento da mídia.

Por: Anelise Zanoni, Isaque Correa, Márcia Junges e Patricia Fachin

Depois da discussão sobre o conteúdo dos livros didáticos oferecidos pelo governo, em que são apresentados supostos erros de português, o doutor em filologia e língua portuguesa Marcos Bagno é taxativo: a polêmica que envolve o assunto é falsa. Na opinião do especialista, que conversou por e-mail com a IHU On-Line, a mídia seria a grande responsável por criar o debate.

“Como a grande mídia é, em bloco, aliada dos grupos dominantes e, portanto, antipetista declarada, o episódio está servindo para se atacar o governo Dilma via MEC”, avalia.

De acordo com seus estudos e experiências, o fato de alguém pronunciar uma palavra de uma forma ou outra nada tem a ver com a constituição da linguagem, “mas sim com uma esfera diferente, que é a da normatização da língua, um fenômeno sociocultural em que a língua se transforma em objeto de manipulação ideológica e controle social”. Além disso, é importante destacar que a constituição do padrão sempre se pautou, tradicionalmente, pela linguagem literária.

“Por isso, a norma padrão é tão obsoleta e anacrônica: não se inspira na realidade dos usos, nem mesmo nos usos escritos da literatura contemporânea, mas numa literatura que data de mais de 200 anos”, explica Bagno.

quinta-feira, 26 de maio de 2011

A Comuna de Paris contado em imagens



A revista Caros Amigos, em homenagem aos 140 anos da Comuna de Paris, lançou uma publicação contando esse acontecimento histórico para a classe trabalhadora em imagens.

Para ver todas as imagens e ler um pouco sobre essa história, clique aqui.

Em vídeo, líder extrativista anunciou a própria morte


Do site do Brasil de Fato, reportagem e vídeo com José Cláudio Ribeiro da Silva, o Zé Castanha, assassinado na terça-feira (24) com sua companheira, Maria do Espírito Santo.





Mesmo com a morte anunciada, Zé Castanha não recebia nenhuma proteção especial do Estado

25/05/2011
Da redação

O extrativista José Cláudio Ribeiro da Silva, assassinado na terça-feira (24) junto com a mulher Maria do Espírito Santo, deixou um vídeo gravado em novembro de 2010 em que anunciava que estava sendo perseguido. Durante uma palestra sobre sua atividade de castanheiro, Zé Castanha, como é conhecido, disse que estava sendo ameaçado de morte por sua luta contra a exploração desenfreada da floresta Amazônica por madeireiras e carvoarias.




“Sou castanheiro desde os sete anos de idade, vivo da floresta. Protejo ela de todo o jeito. Por isso, eu vivo com a bala na cabeça a qualquer hora. Eu vou pra cima e denuncio os madeireiros, os carvoeiros, e por isso eles acham que eu não posso existir. A mesma coisa que fizeram no Acre com Chico Mendes, querem fazer comigo. A mesma coisa que fizeram com a irmã Dorothy, querem fazer comigo. Eu posso estar hoje aqui conversando com vocês, daqui a um mês vocês podem saber a notícia que eu desapareci”, afirma.

 Mesmo com a morte anunciada, Zé Castanha mantinha sua luta e não recebia nenhuma proteção especial do Estado. Ele e a mulher faziam parte do Conselho Nacional de Populações Extrativistas, ONG fundada por Chico Mendes, e eram lideranças do Projeto Agroextrativista Praia Alta da Piranheira no Pará.

Rádio é fechada no RJ depois de oito meses de funcionamento

Reproduzo postagem do Blog do Levante Popular da Juventude,

Fonte: Site da Fiocruz

No dia Internacional da Liberdade de Expressão (3/5), os equipamentos da rádio comunitária Santa Marta, que fica na Vila Santa Marta, no Rio de Janeiro, foram apreendidos pela Polícia Federal e pela Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações). Dois dos coordenadores da rádio foram levados para prestar depoimento. MC Fiell é um deles. Confira um trecho da entrevista que o rapper concedeu a Raquel Júnia, da Fiocruz.

Que desafios as rádios comunitárias têm hoje?

A burocracia da lei de rádio é para você não ter rádio mesmo. Um dos maiores problemas dentro do capitalismo é grana. É uma armadilha, eles mesmos fazem os trâmites para o povo não ter o acesso. Mas sabemos dos problemas e vamos avançando. Em nossa rádio, por exemplo, fazemos festa para arrecadar grana, vendemos produtos como as camisetas da rádio, dando jeitos sem comercializar a rádio. Essa lei precisa ser mudada, senão o povo não terá acesso a esse direito. Só as rádios comunitárias não podem fazer propaganda. Enquanto isso a maioria das rádios comerciais estão irregulares, e têm as concessões renovadas automaticamente. Só o povo é punido e podado dos seus direitos.

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Os gays e a Bíblia, por Frei Betto

Reproduzo texto do Frei Betto, publicado no site do Jornal Brasil de Fato.




Por que fingir ignorar que o amor exige união e querer que essa união permaneça à margem da lei?  
24/05/2011
Frei Betto

É no mínimo surpreendente constatar as pressões sobre o Senado para evitar a lei que criminaliza a homofobia. Sofrem de amnésia os que insistem em segregar, discriminar, satanizar e condenar os casais homoafetivos. No tempo de Jesus, os segregados eram os pagãos, os doentes, os que exerciam determinadas atividades profissionais, como açougueiros e fiscais de renda. Com todos esses Jesus teve uma atitude inclusiva. Mais tarde, vitimizaram indígenas, negros, hereges e judeus. Hoje, homossexuais, muçulmanos e migrantes pobres (incluídas as “pessoas diferenciadas”...).

Relações entre pessoas do mesmo sexo ainda são ilegais em mais de 80 nações. Em alguns países islâmicos elas são punidas com castigos físicos ou pena de morte (Arábia Saudita, Irã, Emirados Árabes Unidos, Iêmen, Nigéria etc). No 60º aniversário da Declaração Universal dos Direitos Humanos, em 2008, 27 países-membros da União Europeia assinaram resolução à ONU pela “despenalização universal da homossexualidade”.

A Igreja Católica deu um pequeno passo adiante ao incluir no seu catecismo a exigência de se evitar qualquer discriminação a homossexuais. No entanto, silenciam as autoridades eclesiásticas quando se trata de se pronunciar contra a homofobia. E, no entanto, se escutou sua discordância à decisão do STF ao aprovar o direito de união civil dos homoafetivos.

Ninguém escolhe ser homo ou heterossexual. A pessoa nasce assim. E, à luz do Evangelho, a Igreja não tem o direito de encarar ninguém como homo ou hetero, e sim como filho de Deus, chamado à comunhão com Ele e com o próximo, destinatário da graça divina.

São alarmantes os índices de agressões e assassinatos de homossexuais no Brasil. A urgência de uma lei contra a violência simbólica, que instaura procedimento social e fomenta a cultura da satanização.

A Igreja Católica já não condena homossexuais, mas impede que eles manifestem o seu amor por pessoas do mesmo sexo. Ora, todo amor não decorre de Deus? Não diz a Carta de João (I,7) que “quem ama conhece a Deus” (observe que João não diz que quem conhece a Deus ama...).

Por que fingir ignorar que o amor exige união e querer que essa união permaneça à margem da lei? No matrimônio são os noivos os verdadeiros ministros. E não o padre, como muitos imaginam. Pode a teologia negar a essencial sacramentalidade da união de duas pessoas que se amam, ainda que do mesmo sexo?

Ora, direis, ouvir a Bíblia! Sim, no contexto patriarcal em que foi escrita seria estranho aprovar o homossexualismo. Mas muitas passagens o subtendem, como o amor entre Davi por Jônatas (I Samuel 18), o centurião romano interessado na cura de seu servo (Lucas 7) e os “eunucos de nascença” (Mateus 19). E a tomar a Bíblia literalmente, teríamos que passar ao fio da espada todos que professam crenças diferentes da nossa e odiar pai e mãe para verdadeiramente seguir a Jesus.

Há que passar da hermenêutica singularizadora para a hermenêutica pluralizadora. Ontem, a Igreja Católica acusava os judeus de assassinos de Jesus; condenava ao limbo crianças mortas sem batismo; considerava legítima a escravidão;e censurava o empréstimo a juros. Por que excluir casais homoafetivos de direitos civis e religiosos?

Pecado é aceitar os mecanismos de exclusão e selecionar seres humanos por fatores biológicos, raciais, étnicos ou sexuais. Todos são filhos amados por Deus. Todos têm como vocação essencial amar e ser amados. A lei é feita para a pessoa, insiste Jesus, e não a pessoa para a lei.
Frei Betto é escritor.http://www.brasildefato.com.br/node/6410

terça-feira, 24 de maio de 2011

Brasil: pelo Clã Nordestino

Companheiros e companheiras do Lavando Louças,

Capa do álbum "A peste negra"
estou nesses últimos dias descobrindo e tentando pesquisar alguma coisa na internet sobre o grupo de Rap Clã Nordestino, do nordeste. As músicas que achei, principalmente no YouTube (link para essas músicas aqui), possuem letras fortes, que tratam da realidade da periferia, com recorte de classe e identificando o inimigo, ou seja, eles tem claro que o inimigo não é o governo, mas a burguesia.

Pretendo postar mais informações do Clã Nordestino aqui, assim que for descobrindo mais coisas. Contudo, tem poucas coisas sobre eles na internet, não há um site oficial e não consegui achar uma foto do grupo em alguma fonte mais confiável.

Quem souber mais informações do grupo, pode mandar para o e-mail lavandoloucas@yahoo.com.br, inclusive fotos e letras das músicas serão muito bem vindas.

Por enquanto, divulgo aqui a música "Todo ódio a burguesia", do álbum "A peste negra".


segunda-feira, 23 de maio de 2011

Peraí! Quem está controlando os protestos de rua?

De Leonardo Sakamoto, no Blog do Sakamoto
23/05/2011

Muitos representantes políticos não entendem como manifestações que recentemente ocorreram pelo país e pelo mundo não foram organizadas por partidos e associações, mas sim em um processo descentralizado. Que brotou espontaneamente a partir da insatisfação popular tanto à persistência de problemas existentes quanto aos tipos de soluções que vêm sendo dadas pelos próprios representantes políticos a esses problemas.

Os políticos tradicionais têm dificuldade em assimilar como Twitter e Facebook funcionam. Acreditam que são apenas um espaço para marketing pessoal ou, no máximo, um canal para fluir informação ou atingir o eleitor. Há também os que crêem que redes sociais funcionam como entidades em si e não como plataformas de construção política onde vozes dissonantes ganham escala, pois não são mediadas pelos veículos tradicionais de comunicação.


A marcha da maconha pelo cartunista Angeli

Brasil: cenário de guerra!!!

Companheiros e companheiras do Lavando Louças,


as cenas da reportagem a seguir não foram gravadas na Líbia, ou em qualquer outro país árabe. Não são cenas das recentes guerras que tivemos a oportunidade de ver pelos grandes canais de televisão...


Essas cenas aconteceram na semana passada, dia 18/05/2011, na cidade de Aracruz/ES. Essas cenas de guerra mostram o exército dos donos do Brasil contra o seu principal inimigo: o povo brasileiro que quer viver!


A seguir reproduzo o texto que acompanha o vídeo no YouTube (para ver no site do YouTube, clique aqui) e abaixo veja o vídeo.


Foto: Nestor Müller

Cerca de 400 policiais do Batalhão de Missões Especiais (BME) da Polícia Militar realizam uma operação, na manhã desta quarta-feira (18), para retirar os cerca de 1,6 mil ocupantes de uma área da Prefeitura de Aracruz, no Norte do Espírito Santo. A ação ocorre no distrito de Barra do Riacho.

Segundo alguns moradores, a polícia usou de violência ao fazer a desocupação, disparando contra os ocupantes bombas de efeito moral, balas de borracha e gás lacrimogêneo. Alguns moradores passaram mal, outros ficaram feridos e tiveram de ser socorridos. Eles garantem que não haviam oferecido resistência à ação policial.

O Executivo Municipal já iniciou também a demolição das 312 casas de alvenaria, de cerca de 30 a 40 metros quadrados cada, que foram construídas no local pelos ocupantes. A área, que chegou a ser batizada pelos moradores como bairro Nova Esperança, será utilizada para a construção de 200 casas do Programa Minha Casa Minha Vida. As obras, segundo a prefeitura, devem ter início ainda este ano.

Por volta das 16 horas desta terça-feira (17), viaturas policiais cercavam a área e o clima era de tensão entre os moradores. A prefeitura havia conseguido um mandado judicial de reintegração de posse da área pública há cerca de seis meses. No entanto, os moradores alegam que não haviam recebido nenhuma ação de despejo e nunca foram procurados pela administração municipal para negociar.


Eles afirmam que, como a construção das casas do Programa Minha Casa Minha Vida ainda não havia tido início no local, resolveram ocupar o terreno, há cerca de um ano. Os ocupantes não aceitavam deixar o local. Segundo eles, com a aproximação da polícia, era disparado um alarme sonoro e pessoas soltavam fogos de artifício para alertar e mobilizar toda a população local. Além disso, foram feitas barricadas nos acessos.


O povo é mero detalhe: O PSOL, a Direita e a hipocrisia da política cega

Reproduzo artigo do Jornalista e Blogueiro Raphael Tsavkko, em seu blog http://www.tsavkko.com.br/ :


Uma coisa engraçada que sempre acontece é a de críticos do PSOL terem a mania de me copiarem em suas críticas ao partido no Twitter.

Eu não sou filiado ou militante do partido e sempre deixei claro isto. Mas admito - e com prazer - que tenho enorme simpatia pelo partido e grande admiração pelo Ivan, Plínio, Jean e tantos outros, da mesma forma que escancaro minhas críticas sem pena ou medo - coisa que muito petista que me critica não tem coragem de fazer contra seu próprio partido, seja ele filiado, militante ou simpatizante.

Pois bem, há muito que venho lendo - ou sendo forçado a ler, mesmo de quem sequer sigo - que o PSOL se alia com a direita (PSDB/DEM/PPS) para atacar o governo de esquerda do PT (a frase inteira deveria estar carregada de aspas).

O engraçado é que quando o PSOL apoia uma CPI contra o Palocci, por exemplo, que também tem a participação dos partidos de direita já citados, os críticos fazem questão de nomear todos estes partidos, apontando, criticando...

"PSOL alia-se ao DEM/PSDB/PPS para criar CPI d caso Palocci http://bit.ly/mgxfyM Aliando-se ao ACM Neto, Roberto Freire, Álvaro Dias? beleza!"

Mas quando fala-se em governo, é do PT. Ponto. Mas porque não do PT, PMDB, PSB, PCdoB, PDT, PP, PR, PTB, PRB, PHS, PTC, PTdoB, PMN e PSC (esqueci de alguma?)?

PHS é partido de esquerda? Seria o PP de Maluf e Bolsonaro (sim, BOLSONARO) de esquerda? Ou talvez os partidos ligados aos fanáticos cristãos da bancada da família, evangélica e etc como PSC e PTC seriam autênticos comunistas (em comum talvez só o fato de comer criancinhas, né?).

Mas o PRB, da Igreja universal é de esquerda! Hmmmm, não, não é, assim como não é o PMN, o PTB ou o PTdoB e muito menos o PR, mistura de Partido Liberal com o neofascista PRONA do Enéas!

Sobrou o PSB que até pouco tempo professava o socialismo empresarial com o Skaf (agora no PMDB, do MESMO governo)... O Chalita, que também era do PSB então, deveria ser uma espécie de guru do comunismo new age, ou um Stálin espiritualizado ligado à ala conservadora e estridente da igreja católica, a Renovação Carismática.

Já o PDT temos o maravilhoso exemplo do Paulinho da Força, incontestável liderança paulista da sigla que não tem problemas em dizer, como todo bom esquerdista, suponho, que papel da mulher é servir de puta pra trabalhador não se revoltar.

Mas sobrou o PCdoB, sem dúvida os comunistas salvam o grupo, não? Não. Netinho "Espancador de mulheres" de Paula, Protógenes "eu adoro o Kassab" Queiroz, Aldo "Ruralista" Rebelo... E aliados do Kassab na mais absurda Surrealpolitik já vista na história deste país!

Não, sobrou o PMDB... Esse nem precisa comentar. Quércia (que o capeta o guarde), Temer, Sarney.. sim, o Sarney velho de guerra que tanto bem faz ao Maranhão!

Ah, e o Collor tá aí no meio, perdido em algum lugar, mas amigo íntimo do governo... petista?

E o próprio PT, enfim. Tem MUITA gente boa, como o Paulo Teixeira... Mas tem o Palocci, o Vaccarezza (vendido pra Monsanto, mas tem espaço pra mais patrocínio, quem dá mais?), Mercadante (mais tucano q a encomenda) e muitos outros pra fazer a festa da... esquerda?!

Meus caros amigos petistas fanáticos, antes de querer criticar o PSOL por apoiar uma CPI contra um canalha como o Palocci (e tenho o Fabio Konder Comparato pra me apoiar, precisa de mais? Ou ele também virou aliado do PIG, virou canalha e etc?), dizendo que o partido se aliou com a direita, olhem pra si mesmos, olhem pro seu governo, com ministérios com Nelson Jobim, Ana "ECAD" de Hollanda e tantas outras pérolas e, por favor, enfiem sua hipocrisia lá onde o sol não bate.

Antes de dizer que o PSOL "se aliou" com Alvaro Dias, ACM e etc prestem atenção que o PT está efetiva e incontestavelmente ALIADO com Sarney, Collor, Inocêncio de Oliveira e mais uma penca de seres detestáveis, desprezíveis e nem remotamente de esquerda.

E isto porque o Kassab ainda nem entrou oficialmente na ala governista! Com a Kátia Abreu junto!

Esquerda... claro! O nome disto é hipocrisia e, em muitos casos, falta de caráter.

PS: eu tenho plena consciência de que tanto no PCdoB quanto no PSB ou no PDT ainda resistem pessoas decentes, como Miro Borges, Erundina ou o Brizola Neto, antes que me acusem de só ver o lado ruim.

Em tempo, me pergunto aos grandes defensores da esquerda, da legalidade, especialmente agora com este caso Palocci, porque o PT não apresenta proposta (que segundo o Chico Alencar já foi discutido e apresentado pelo PSOL, mas obviamente deve estar em algum fundo de gaveta) obrigando TODO político que pretende assumir cargo público (seja vereador do interior até presidente e ministros) abra mão de seu sigilo fiscal e evite constrangimentos?

Ou melhor, evite a roubalheira mesmo!?

Garanto que nem 10% dos parlamentares eleitos hoje se apresentariam para um novo mandato.

Mas, claro, algo assim sequer é discutido. A proposta do PSOL teve o mesmo fim que a da Erundina de propor plebisicito para que salário de parlamentar seja reajustado. Político no Brasil, na maioria dos casos, só se importa em aumentar seus rendimentos. O povo é mero detalhe.

Em tempo, não dou a mínima se a mídia, o PIG ou o diabo estão querendo usar o Palocci pra atacar o governo. Que ISTO seja denunciado, mas não impeça a crítica de esquerda ao Palocci, a crítica legítima, que mesmo a Carta Capital (virou PIG?) fez e MUITA gente de esquerda vem fazendo.

Blindar o Palocci é tão ou mais estúpido que blindar a Ana de Hollanda ou o Nelson Jobim, como se estes canalhas fizessem o mesmo caso o barco afundando não fosse o deles.

Fidelidade é lindo, mas tem que ser recíproco e é diferente de ser conivente e cúmplice.

Eu quero que Palocci, Ana de Hollanda, Jobim e metade dos canalhas que se aboletaram no governo caiam, faço pressão por isso e sou de esquerda. Meu (nosso) protesto é legítimo e não importa o que façam, não será calado.

O Partido da Imprensa Favorável (glorioso PIF) não nota, mas presta um desserviço ao próprio governo que diz defender.

Tomando o Céu de Assalto - 140 anos da Comuna de Paris

Tomando o Céu de Assalto – Da Comuna de Paris à Comuna de Oaxaca: 140 anos de
experiências de auto-organização dos trabalhadores
  de 23 a 27 de maio de 2011, na PUC-SP

 


Programação do evento:


2ª feira, 25/05, 9:00 h, sala 239
3ª feira, 25/05, 9:00 h, sala 239
4ª feira, 25/05, 9:00 h, sala 239
5ª feira, 26/05, 9:00 h, sala 100
6ª feira, 27/05, 9:00 h, sala 100

Abertura:
9:00h –Palestra com Henri de Carvalho:Courbet e a Comuna de Paris

9:30 – Conferência
João Bernardo: Marx, Bakunin e a Comuna de Paris

Paulo Barsotti: Marx, o Estado e a Comuna

Áquilas Mendes: A importância da Comuna de de Paris para a América Latina atual

Antonio Ozaí: Comuna, comunas. Algumas reflexões sobre as lutas por uma sociedade sem pátria e sem patrões

Waldo Lao Fuentes: Ao sul da fronteira: o Zapatismo e a Comuna de Oaxaca

Lívia Cotrim: Marx e a Comuna

Milton Pinheiro: A Comuna e a transição para o socialismo

João Bocchi: A Comuna de Paris e O Estado e a Revolução de Lenin

Vito Gianotti: Outras Comunas virão

Carlos Eduardo Carvalho: A Comuna e a transição soviética

Vera Lucia Vieira: A Comuna na América Latina

Marcelo Buzetto: Desafios atuais da auto organização dos trabalhadores

Erson Martins Oliveira: A Comuna e a Revolução Russa

Osvaldo Coggiola: A Internacional e a Comuna de Paris



Diana Assunção: Louise Michel na Comuna de Paris

Ramon Casas Vilarino: A Comuna de Paris e seu contexto histórico

Sofia Manzano: A Comuna e a interpretação dos clássicos

Everaldo de O. Andrade:História da Comuna de La Paz de 1971 - democracia e revolução na Bolívia
2ª feira, 23/05, 19:30 h, sala 239
3ª feira, 24/05, 19:30 h, sala 239
4ª feira, 25/05, 19:30 h, sala 239
5ª feira, 26/05, 19:30 h, sala 100
6ª feira, 27/05, 19:30 h, sala 100
Lançamento da Revista PUCViva nº 40 - 140 anos da Comuna de Paris
José Paulo Netto: A Comuna de Paris e a Ditadura do Proletariado

Jason Borba: A Comuna de Paris e a dialética da revolução proletária na América Latina

Bia Abramides: As lições da Comuna e a atualidade da Revolução Social

Rui Costa Pimenta: A Comuna de Paris e o Marxismo
Valério Arcary: A Comuna: mobilização proletária, experiência democrática, luta anticapitalista, desafio internacionalista

Rosa Maria Marques:Tomando o céu de assalto

Maria Angélica Borges: A Guerra Franco-Prussiana e a Comuna de Paris na visão de Marx

Edison Salles: Da Comuna de Paris à estratégia soviética na luta pela emancipação dos trabalhadores
Lúcia Barroco: Ética e Revolução
Rubens Sawaya: difícil auto-organização no período capitalista

Edson Passetti: Comuna de Paris: vida como obra de arte

Marcos Del Roio: Gramsci e a Comuna em perspectiva histórica
Antônio Carlos Mazzeo:Lenin e a Comuna de Paris

Alexandre Hecker: A Comuna na Arte

Armando Boito: O debate sobre a caracterização social e política da Comuna de Paris de 1871

Eliel Machado: Comuna de Paris, partidos e movimentos
Sérgio Lessa: Da Comuna aos nossos dias: a atualidade do fim da exploração do homem pelo homem

Antonio Rago: A Comuna de Astúrias de 1934

Wanderson Fábio Melo A Comuna e a educação

Lúcio Flávio Almeida: A Comuna e o debate contemporâneo sobre a transição para o socialismo

domingo, 22 de maio de 2011

Espanha Insurgente

Excelente vídeo, para assistirmo enquanto tomamos café... Mas café bom mesmo será quando pudermos postar aqui "Brasil Insurgente"... ou melhor, não poderemos postar pois com certeza estaremos na rua juntos, ou melhor ainda, quando podermos postar no meio do processo...



Quino (Argentina) explica "valores e símbolos do capitalismo" para as crianças!!!

Reproduzo aqui charges do cartunista argentino Quino, criador da tira "Mafalda", sobre como explicar os valores e símbolos do capitalismo para nossas crianças!

E bom café, rs!!!!



quarta-feira, 18 de maio de 2011

Brasil: o retrato da educação, pela prof. Amanda Gurgel

Reproduzo aqui o depoimento da prof. Amanda Gurgel, em audiência pública na Assembléia Legislativa do Rio Grande do Norte, sobre educação.

Falando com propriedade sobre o assunto, já que ela está inserida nessa realidade todos os dias, nesse depoimento com mais ou menos 8 min ela consegue fazer um retrato da educação no Brasil, falando do seu estado.


A batalha do Código Florestal | BRASIL de FATO

Reproduzo editorial do Jornal Brasil de Fato sobre a votação do Código Florestal (para ler o editorial no site do Brasil de Fato, clique aqui).



Teremos ainda uma longa luta para que os bens da natureza tenham uma função social para todos os seres vivos desse território

18/05/2011

Editorial da edição 429 do Brasil de Fato

Na semana passada houve uma verdadeira batalha econômica, política e ideológica, travada entre diferentes interesses das classes sociais brasileiras, tendo como palco a Câmara dos Deputados. O objetivo: quem pode se apropriar dos bens da natureza de nosso território.

Qual é a situação atual? Há uma legislação em vigor, o Código Florestal brasileiro, que determina a manutenção de áreas de reservas (intocadas) de 80% de cada estabelecimento na Amazônia, e 35% no bioma do cerrado. E há as condicionantes de que nas beiras dos rios, riachos e no topo dos morros e montanhas é preciso preservar e recuperar, como forma de proteger nossa água potável.

Os capitalistas sempre agrediram a natureza, burlando a lei para buscar o lucro máximo, retirando a madeira, fazendo carvão, e colocando seus bois e a soja.

Muitos deles foram apanhados pelo Ibama em seus crimes ambientais e as multas somam mais de R$ 8 bilhões. Só 1% foi pago.

E claro, há muitos pequenos agricultores nas regiões Sudeste e Sul, que por falta de consciência, desconhecimento ou oportunismo, também desmataram até a beira dos rios e no topo das montanhas nos últimos 100 anos. Mas não são muitos; segundo levantamento governamental apenas 8% dos pequenos agricultores.

Com o avanço dos interesses do capital financeiro e das grandes empresas transnacionais do agronegócio sobre nossa agricultura, o Código Florestal representa uma barreira para expansão de sua sanha lucrativa. Por isso precisam derrubar os limites do código, para colocar o cerrado e amazônia à mercê da soja, do boi etc.

Por outro lado, os fazendeiros inadimplentes com as multas, entre eles 27 deputados federais da direita, entrarão no Serasa a partir de 11 de junho e não poderão acessar mais recursos públicos ou de crédito.

Ascendeu a luz amarela. Gastaram milhões para eleger sua bancada ruralista. Fizeram acordos posteriores e ofereceram seus votos para eleger o presidente da Câmara. Apostaram no apoio da Rede Globo e outros grandes jornais. Todo o circo montado para que o relatório do deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), que atendia seus interesses, tivesse votação célere, e a sociedade não se atentasse aos interesses que estão em jogo.

O governo encomendou uma pesquisa e percebeu que 95% da população brasileira é contra qualquer mudança que implique em desmatamento de nossa natureza. E a partir daí, começou a mexer-se.

Apresentou uma emenda alternativa ao relatório de Aldo Rebelo, e mesmo assim, dois deputados falsificaram a proposta ao levá-la ao plenário.

Tudo isso gerou indignação, e a maior parte da bancada do PT, PSOL e PV mobilizou-se para impedir a votação. Assim, ficamos livres, por enquanto, da votação das mudanças propostas pelo relatório de Aldo Rebelo. Os parlamentares direitistas querem votar logo porque sabem que têm a maioria da Câmara amarrada e não querem que a sociedade brasileira se mobilize. Por isso, o tempo funciona contra seus interesses.

Na semana passada houve também uma reunião em São Paulo com mais de 50 entidades nacionais, desde a CNBB, Greenpeace, setores da Contag, CUT, movimentos sociais do campo, da Via Campesina, e entidades ambientalistas, movimentos feministas. Todos contra o relatório de Aldo Rebelo. Lançaram um manifesto nacional e prometem aumentar a mobilização em suas bases.

O que está em jogo é se os bens da natureza que temos no nosso território devem ser usados em benefício de toda a sociedade ou liberados apenas para que a sanha do lucro fácil seja apropriado por fazendeiros, empresas estrangeiras e seus prepostos no Congresso Nacional.

A emenda do governo é mais sensata e pelo menos se contrapõe às mudanças mais espoliativas do relatório de Rebelo, embora não seja o ideal. Por isso, esperamos todos que haja um debate com toda a sociedade sobre as propostas em disputa. E quando for a votação na Câmara, que os interesses do povo brasileiro se sobreponham aos interesses da banca ruralista, financiada pelo poder econômico, pagos com mais de R$ 800 milhões na campanha eleitoral, como a imprensa divulgou na ocasião.

E depois, quando for ao Senado, esperamos que os senadores tenham mais juízo ainda. Afinal, lá há apenas 13 senadores ruralistas de um total de 81. E por fim, quando for à sanção presidencial, que a presidenta Dilma tenha mais juízo ainda e coragem em vetar tudo o que afete os interesses do povo.

E se o povo for derrotado em todas essas instâncias, cabem ainda ações de inconstitucionalidade, como promete fazer o Ministério Publico Federal. E aos movimentos sociais cabe lutar com suas bases por um plebiscito nacional que de fato discuta com todo povo, e ele decida sobre como quer usar os bens da natureza no Brasil.

Portanto, teremos ainda uma longa luta para que os bens da natureza tenham uma função social para todos os seres vivos desse território, e não apenas lucro para meia dúzia de oportunistas.