Além dos danos à saúde e ao meio ambiente, falar dos agrotóxicos envolves outras questões. O mercado de agrotóxicos no mundo é dominado por apenas seis empresas: Syngenta, Bayer, Monsanto, Basf, Dow, DuPont e Nufarm. Essas mesmas empresas controlam também o mercado mundial em outras três áreas: sementes, farmacêutica e veterinária. Ou seja, toda a cadeia produtiva de alimentos fica nas mãos dessas seis empresas. Não é coincidência que hoje vivemos no mundo inteiro uma crise com alta dos preços dos alimentos. Essas seis empresas possuem grande poder econômico que acaba se tornando poder político, capaz de pressionar governos a adotarem políticas que lhes são favoráveis, como liberação de cultivos transgênicos, isenção de impostos para agrotóxicos, ou facilidade de crédito para produtores que utilizarão agrotóxicos.
Ao privilegiar nas políticas públicas o agronegócio, a agricultura familiar camponesa fica comprometida e excluída do processo produtivo. As consequências de tal exclusão são mais do que conhecidas: êxodo rural, pobreza no campo, diminuição na oferta de alimentos, e por ai vai. Ao contrário do agronegócio, que produz commodities, a agricultura familiar camponesa produz alimentos.
A Radioagência NP lançou hoje em site uma série de 7 programas especiais sobre os agrotóxicos, que mostra com clareza toda a complexidade dessa questão.
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